Ervas que Curam - B

terça-feira, 31 de maio de 2016

A lista que segue dos males físicos comuns e as várias ervas usadas ao longo dos tempo para tratá-los é aqui incluída apenas para exemplificar o poder curador das ervas utilizadas pelos bruxos, xamãs e curandeiros. Não pretende ser um guia completo de auto tratamento com ervas (os métodos de tratamento não são descritos). Em caso de qualquer doença física ou emergência médica, você devera buscar tratamento médico imediatamente.

Bolhas de Crianças: angélica, bérberis, calêndula, alho, espinheiro, rábano silvestre, alquemila, mifefólio, visco, artemísia, cebola, sálvia, cardo de são benedito, bolsa de pastor, nabo, agrião.

Ervas Que Curam - A


A lista que segue dos males físicos comuns e as várias ervas usadas ao longo dos tempo para tratá-los é aqui incluída apenas para exemplificar o poder curador das ervas utilizadas pelos bruxos, xamãs e curandeiros. Não pretende ser um guia completo de auto tratamento com ervas (os métodos de tratamento não são descritos). Em caso de qualquer doença física ou emergência médica, você devera buscar tratamento médico imediatamente.

Acne: agrimônia, bardana, camimila, amor-de-hortelano, dente-de-leão, sabugueiro, nós-inglesa, feijão roxo, lavanda, frutos do visco, valeriana, morango silvestre.

Alcoolismo: angélica, cânhamo, pimenta-caiena, matricária, gengibre, selo-dourado, tomilho, maracujá, quássia, groselha vermelha, jasmim amarelo.

Equilibre Seu Quinto Chakra

segunda-feira, 30 de maio de 2016


O quinto chakra, ou chakra da garganta, influencia a comunicação, a expressão própria e a solução de problemas. Os distúrbios físicos que podem surgir a partir de um desequilíbrio neste chakra incluem problemas na boca e na garganta e rigidez do pescoço e dos ombros. Ao empregar esta técnica, concentre sua energia nas áreas mencionadas.

Silfos - Ar


No último discurso de Sócrates, tal como foi preservado no Fédon de Platão, o filósofo condenado à morte diz: "...acima da Terra, existem seres vivendo em torno do ar tal como nós vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o ar forma junto ao continente; e numa palavra, o ar é usado por eles tal como a água e o mar o são por nós, e o éter é para eles o que o ar é para nós. Mais ainda, o temperamento das suas estações é tal, que eles não tem doenças e vivem muito mais tempo do que nós, e têm visão e audição e todos os outros sentidos muito mais agudos que os nossos, no mesmo sentido que o ar é mais puro que a água e o éter do que o ar. Eles também têm seus templos e lugares

Salamandras - Fogo


O terceiro grupo de elementais são as Salamandras, ou espíritos do fogo, que vivem no éter atenuado e espiritual que é invisível elemento do fogo. Sem elas, o fogo material não pode existir; um fósforo não pode ser aceso e nem a pólvora produzirá suas chispas.
O homem é incapaz de se comunicar adequadamente com as Salamandras, pois elas reduzem a cinzas tudo aquilo que se aproxima. Muitos místicos antigos preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que quando queimados, pudessem provocar um vapor especial e assim formar em seus rolos a figura de uma Salamandra, podendo assim sentir a sua presença.
Muitas Salamandras são vistas na forma de bolas ou línguas de fogo correndo através dos campos ou

Ondinas - Água


Assim como os gnomos estão limitados em sua função aos elementos da terra, as Ondinas, os elementais da água, funcionam na essência invisível e espiritual, chamada éter úmido. A beleza parece ser uma característica comum dos espísritos da água. Onde quer que as encontremos representadas na arte e na escultura, são sempre cheias de graça e simetria.
Controlando o elemento água - que sempre foi um símbolo feminino - é natural que os espíritos da água sejam, com mais frequência, simbolizados como mulheres.

Gnomos - Terra


Os elementais que vivem no corpo atenuado da Terra, que se denomina éter terrestre, agrupam-se sob a denominação geral de Gnomos. Assim como existem muitos tipos de seres humanos evoluindo através dos elementos físicos objetivos da natureza, também há muitos tipos de gnomos desenvolvendo-se através do corpo etérico da natureza.
Os Gnomos são chamados espíritos das árvores, os "homenzinhos velhos da floresta". Eles constroem, casas com substâncias que se parecem com o alabastro, o mármore e o cimento, mas a verdadeira natureza desses materiais é desconhecida no plano físico. Afirma-se que cada arbusto, cada planta, cada flor tem o seu espírito da natureza, que frequentemente usa o corpo físico da planta como sua habitação. Quando uma planta é cortada e morre, seu elemental morre junto com ela, mas enquanto existir o menos traço de vida nesta planta, ela mostrará a presença do elemental guardião.
Os Gnomos sempre se colocaram à disposição dos homens, desde que estes nunca usem seus poderes de maneira egoísta, para adquirir o poder temporal. Uma atitude deste faz com que estes elementais se voltem com toda sua fúria contra aquele que o decepciona. Os Gnomos são governados por um rei, pelo qual têm um grande amor e reverência. Seu nome é Gob; daí seus súditos serem frequentemente chamados gobelinos.
Os Gnomos casam-se e têm famílias, e as mulheres gnomos são denominadas gnomidas. Alguns usam roupas tecidas do elemento em que vivem. Em outros casos a sua vestimenta é parte deles mesmos e cresce com eles como o pêlo dos animais. Afirma-se que eles sejam muito gulosos e que gastam uma grande parte do tempo comendo; mas ganham o seu alimento através de um trabalho diligente e consciencioso. Muitos são de temperamento avaro e gostam de acumular coisas escondidas longe, em plantas secretas. Existem provas abundantes de que as crianças pequenas frequentemente vêem gnomos, na medida em que seu contato com o lado material ainda não está completo, e que elas funcionam, mais ou menos conscientemente, nos mundos invisíveis.

Elementais


Seres como Duendes, Fadas e Elfos povoam histórias e lendas de diversas regiões do planeta. Sem dúvida encontraremos criaturas similares não apenas na aparência, mas também nas impressões que transmitem ao homem. O Yeti, por exemplo, famoso monstro que habita as montanhas do Tibete, encontra seu parente na figura americana do Pé Grande, e ambos têm sua versão europeia representada pelo Barbegazi (corruptela do francês de Barbes Glacées, ou barbas geladas), encontrado nos Alpes. Duende, em suas mais variadas versões, é outro ser que povoa o folclore mundial; o Saci Pererê brasileiro, o Leprechaum irlandês, o Brownie escocês, os Djins orientais, os Kilykais da Nova Guiné e uma infinidade de outros seres de incrível semelhança vêm provar que toda lenda tem um fundo de verdade. Analisando tantas histórias que remontam de uma época onde não havia meios de transporte ou de comunicação que possibilitassem o intercâmbio cultural e justificassem essas similaridades, autorizamo-nos a acreditar na realidade desse folclore ou, ao menos, em parte dele.
É claro que para explicar a existência de tantas criaturas mágicas, era preciso situá-las num contexto coerente. Assim, desde os tempos mais remotos, foram criadas diversas teorias sobre suas origens. Na versão escandinava, quando Odin matou o gigante Imer, milhares de pequenas lagartas saíram de seu corpo, das crisálidas em que se transformaram saíram homenzinhos minúsculos, estes seriam os precussores do reino elemental. Os celtas chamavam seus duendes de Sidhe e acreditavam que eles viviam num mundo intermediário, uma espécie de paraíso terreno, de onde saíram para ensinar aos seus protegidos, como bruxos e druidas, os grandes mistérios da natureza.
A tradição islâmica chama os espíritos travessos de Djins e afirma que eles foram criados por Allah a partir do fogo, sendo os intermediários entre os homens e os anjos. Os Djins, segundo a tradição, ajudavam os sábios e adivinhos a prever o futuro. Para tanto, subiam até a antessala do céu, de onde espionavam a conversa dos anjos a respeito do que estava por acontecer (*). Isso coincide com a antiga receita cigana de prever o futuro com uma bola de cristal. Há quem diga que o responsável pelo elo entre os mundos é o gnomo ou ser elemental que habita na pedra.
O mundo em que vivemos reúne os reinos vegetal, mineral, animal e humano (em magia, esqueçam um pouco a biologia). Toda a matéria, todo corpo denso se encontra dentro desta realidade que chamamos de plano material ou terceira dimensão. Acima deste plano, no entanto, existem outros mais sutis, tão sutis que nosso poder de visão, cristalizado no mundo material, não alcança sua vibração. Por isso, tais planos se tornam invisíveis aos nossos olhos, a não ser para aqueles que possuam algum poder de clarividência.
São nesses mundos superiores que se encontram os elementais, seres feitos de pura energia, por isso chamados de espíritos da natureza. Seriam estes seres os responsáveis por passar para o mundo físico, ou seja, plantas, flores, pedras, animais, etc., e toda a energia necessária para que tudo possa crescer, viver e permanecer. Seriam uma espécie de condutores de vida, que trazem a energia de cima ou planos superiores até nosso mundo, e é essa "liga" entre o mundo atômico e dévico (energia) que possibilita a construção das formas de tudo que existe.
Para interagir assim no nosso mundo, os elementais descem até a quarta dimensão, ou seja, o mundo etérico, por onde podem circular em suas formas mais densas e alojarem-se no duplo etérico das flores, plantas e todas as formas vivas. É assim que o elo é formado e a energia pode ser transmitida.
Mesmo que não possamos vê-los, os duendes, fadas e demais seres mágicos sempre estarão perto de nós, seja numa árvore, jardim ou planta que temos dentro de casa. Não é novidade que as plantas crescem e se desenvolvem melhor se forem tratadas com carinho e atenção. Muita gente, mesmo quem nunca ouviu falar de elementais, concorda que o trabalho com a terra é uma excelente terapia. Esses seres são capazes, através das vibrações que emanam, de nos transmitir sua alegria e bem estar, afinal sentem-se bem, quando estamos em harmonia com a natureza, uma obra de sua autoria.
Os seres mágicos sempre estão prontos para colaborar conosco; são capazes de executar tarefas mágicas, abrir caminhos, trazer a harmonia e nos conduzir através de muitos sinais.
O universo destes seres é encantado e seus benefícios, ilimitados. Para usufruir disso tudo, porém, é preciso antes de mais nada, acreditar, é claro, dedicar à natureza, em todas as suas formas, carinho, afeição e, principalmente, muito respeito. Depois é com cada um, os caminhos existem por todos os lados, só não encontra quem não sabe procurá-los com os olhos do coração.

(*): neste link vocês podem encontrar mais sobre os Djins (gênios) na base islâmica O Mundo dos Gênios - Parte 1 e 2
Eu não conheço quase nada sobre a religião islâmica, e assim sendo não posso precisar as coisas. Para não alterar o texto acima, decidi colocar esse link, que foi me passado por um amigo islâmico.

Amuletos e Talismãs

domingo, 29 de maio de 2016


Amuleto é um objeto consagrado (geralmente uma pedra pequena e colorida, uma pedra preciosa ou parte de uma planta) magicamente carregado com poder para trazer amor ou boa sorte. Os amuletos, como as rezas e os talismãs, também podem ser usados para estimular a saúde, impedir os perigos e proteger contra as influências negativas, como o olho-grande.
Quase tudo pode ser usado como amuleto: uma pedra preciosa, uma figura religiosa, uma raiz, uma flor ou um osso. Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como joias, podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de casa, de um celeiro e até de um automóvel. Podem ser comprados, achados ou feitos. Podem também ser pintados ou receber inscrições de palavras mágicas ou de poder e/ou símbolos para atrair determinadas influências.
O uso de amuletos é universal em quase todas as culturas, sendo familiar aos europeus e americanos mais modernos sob forma do pé de coelho para dar boa sorte, dos trevos de quatro folhas, das ferraduras, dos anéis com a pedra do signo e das moedas de boa sorte.
Outro tipo de amuleto é o patuá: uma bolsinha de couro, seda ou algodão cheia de objetos mágicos, usada ou levada junto da pessoa para proteger ou para atrair determinadas coisas. Um patuá com ervas mágicas, folhas, flores ou raízes é chamado de "patuá de ervas para o amor" ou "sachê de Bruxo". Usados para a magia de amor são chamados de "patuás do amor" ou "mojos". Na região sul dos Estados Unidos, são conhecidos como "hoodoo hans", "tricks" e "tricken bags". Os nativos americanos chamam-nos de "medicine bundles", e, na África, recebem o nome de "gris-gris".
Talismã é um objeto feito à mão, de qualquer feitio ou material, carregado de propriedades mágicas para trazer boa sorte ou fertilidade e para repelir a negatividade.
Para carregar formalmente um talismã com poder é preciso consagrá-lo.
O mais famoso de todos os talismãs mágicos é o triângulo Abracadabra que, nos tempos antigos, se
acreditava possuir o poder de afastar as doenças e curar a febre quando as suas letras eram arrumadas em forma de pirâmide invertida (figura sagrada e símbolo da trindade) num pedaço de pergaminho, usado em torno do pescoço, enrolado com linho por nove dias e nove noites e, então, atirado sobre o ombro esquerdo num regato que corresse para o leste. Diz-se que abracadabra é palavra cabalística derivada do nome "Abraxas", deidade gnóstica mística cujo nome significa "não me atinge".
Na magia de Abramelin, talismãs mágicos poderosos, conhecidos como "quadrados mágicos", são feitos de filas de números ou letras do alfabeto arrumadas de modo que as palavras possas ser lidas vertical e horizontalmente como palíndromos, e o total dos números é o mesmo quando somados em ambas as direções.
Para que um quadrado mágico de números funcione apropriadamente, devem ser incluídos números consecutivos partindo do um até que o quadrado esteja completo e, de acordo com as regras da numerologia, cada número pode ser usado uma vez em cada quadrado.

Talismã de Proteção



Um dos modos básicos para permanecer saudável é prevenir a doença em primeiro lugar. Esta técnica consiste em fazer um talismã que o manterá longe de qualquer doença.
Você precisará de uma vela verde, uma vela vermelha e um cristal de quartzo transparente.
Comece segurando o cristal com a mão de força. Imagine a água corrente de uma fonte cristalina na montanha. Assim que esta imagem estiver no olho de sua mente, respire fundo e libere a respiração pelo nariz. Imagine-se direcionando a corrente cristalina para dentro do cristal. Agora, acenda a vela verde e dedique-a a Deusa. Depois acenda a vela vermelha e dedique-a ao Deus. Posicione o cristal na frente das duas velas, de força que os três formem um triângulo. Então, olhe atentamente para dentro do cristal e conscientize-se de todos os seus aspectos. Pense na luz de cura se movendo para dentro do cristal e tornando-se parte da treliça da pedra. Quanto mais forte for a sua imaginação, mais poderoso será o talismã. Quando você sentir que a imagem se fixou no cristal, diga:
Oh, grandiosos e poderosos
Guardiões do bem-estar e da saúde,
Por favor, preencham este talismã com seu poder divino,
Para que ele afaste as doenças e previna as enfermidades.
Que assim seja! Abençoado seja!
Deixe que as duas velas queimem em segurança. Coloque o cristal em uma pequena bolsa ou saquinho e carregue-o no bolso, na bolsa ou use-o pendurado no pescoço.

Epic Celtic Music Mix - Vol. 1

sábado, 28 de maio de 2016


Summerland


É comum wiccanos se referirem ao mundo espiritual como "Summerland", ou ainda, Terra do Verão. Summerland é um termo geralmente empregado na Wicca como referência ao "Outro Mundo" para o qual as almas dos mortos se encaminham após o término da vida física.
A Terra do Verão pode ser vista como uma espécie de paraíso pagão não muito diferente dos conhecidos "Alegres Campos de Caça" de algumas tradições dos índios nativos norte-americanos. A Terra do Verão doa wiccanos existe no Plano Astral e é experimentada de modos diferentes por cada indivíduo, de acordo com a vibração espiritual que ele leve a esse plano de existência.
O período em que alguém permanece na Terra do Verão depende da habilidade do indivíduo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.
A existência na Terra do Verão dá a um indivíduo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam a outras vidas pelas quais a alma tenha passado. Na teologia wiccana, este é conhecido como período de descanso e recuperação. Uma vez encerrado esse período de tempo, o plano elemental começa a atrair o indivíduo para o renascimento em qualquer dimensão que se harmonize à sua natureza espiritual naquele momento. A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física. Segundo os Ensinamentos Misteriosos, a alma é atraída pelos aspectos da vida física que melhor a preparem para as lições necessárias para assegurar sua evolução e consequente liberação do Ciclo do Renascimento.
De acordo com as Ensinamentos Misteriosos, um aborto natural ou um natimorto indica uma alma que não mais precisava retornar à dimensão física, necessitando apenas um breve imersão em matéria densa para equilibrar as propriedades elementais etéreas necessárias a seu corpo espiritual. A outra razão para tais ocorrências é que os pais precisavam aprender a lição da perda para a própria evolução espiritual, caso no qual isso foi possibilitado por uma alma que não necessitava mais de uma existência física. Os serviços dessas almas elevadas é geralmente notado não só nesses cenários, mas também nos ensinamentos acerca da reencarnação de avatares como Buda e Jesus.

Reencarnação


Aparentemente, a reencarnação é, na atualidade, um dos mais controversos tópicos da espiritualidade. Centenas de livros sobre o tema são publicados, como se o mundo ocidental tivesse apenas recentemente descoberto esta antiga doutrina.
A reencarnação é uma das mais valiosas lições da Wicca. A ciência de que esta vida é apenas uma entre muitas, de que não deixamos de existir quando o corpo físico morre, mas sim renascemos em outro corpo, responde a um grande número de perguntas, mas gera outras tantas.
Por que? Por que reencarnamos? Assim como muitas outras religiões, a Wicca ensina que a reencarnação é o instrumento pelo qual nossas almas são aperfeiçoadas. Uma vida não basta para atingir tal objetivo; portanto, a consciência (alma) renasce inúmeras vezes, cada vida englobando um grupo diferente de lições, até que a perfeição seja atingida.
É impossível determinar quantas vidas são necessárias para tanto. Somos humanos e é fácil aderir a comportamentos não evolucionários. A cobiça, a ira, o ciúmes, a obsessão e todas nossas emoções negativas inibem nosso crescimento.
Na Wicca, buscamos fortalecer nossos corpos, mentes e almas. Certamente, vivemos vidas terrenas plenas e produtivas, mas tentamos fazê-lo sem prejudicar ninguém, numa antítese à competição, à intimidação e à busca pelo primeiro lugar.
A alma não tem idade, sexo ou físico, possuindo a centelha divina da Deusa e do Deus. Cada manifestação da alma (por exemplo), cada corpo que habita a Terra) é diferente. Não existem dois corpos ou duas vidas exatamente iguais. Não fosse assim, a alma estagnaria. Sexo, raça, local de nascimento, classe econômica e todas as outras individualidades da alma são determinadas por suas ações em vidas passadas e pelas lições necessárias à vida presente.
Isto é de suma importância para o pensamento wiccano: nós decidimos o desenrolar de nossas vidas. Não há Deus, maldição, força misteriosa ou destino sobre o qual possamos atirar a responsabilidade pelos fatos de nossas vidas. Nós decidimos o que precisamos aprender para evoluir e, então, espera-se, durante essa encarnação, trabalhamos em busca desse progresso. Caso contrário, regressamos às trevas.
Existe um fenômeno que atua como auxiliar no aprendizado das lições de cada existência, os qual chamamos de carma. O carma é geralmente mal-compreendido. Não é um sistema de recompensas e punições, mas sim um fenômeno que orienta a alma em direção a ações evolutivas. Desse modo, se uma pessoa pratica ações negativas, receberá ações negativas em troca. O bem atrai o bem. Com isto em mente, sobram poucos motivos para praticar atos negativos.
Carma significa ação, e é desta forma que atua. Como uma ferramenta, não uma punição. Não há como "apagar" o carma, assim como nem todos os eventos aparentemente terríveis de nossas vidas são um subproduto do carma.
Só aprendemos com o carma quando temos ciência dele. Muitos buscam em suas vidas passadas a descoberta de seus erros, para solucionar os problemas que estão inibindo seu progresso nesta vida. Técnicas de transe e meditação podem ser úteis, mas o verdadeiro autoconhecimento é o melhor meio para atingir este fim.
A regressão à vidas passadas pode ser perigosa, pois envolve uma grande carga de autodesilusão. É impossível contabilizar quantas Cleópatras, Reis Arthur, Merlins, Marias, Nefertitis e outras pessoas famosas do passado existem por aí usando tênis e jeans. Nossas mentes conscientes, que buscam encarnações passadas, agarram-se facilmente a esses ideais românticos.
Se isto é um problema; se não deseja conhecer suas vidas passadas, ou não tem como fazê-lo, observe esta existência. Pode descobrir qualquer dado sobre suas vidas passadas ao observar esta vida. Se solveu seus problemas em vidas passadas, estes não mais lhe dizem respeito. Caso contrário, os mesmo problemas ressurgirão; portanto, concentre-se nesta vida.
à noite, analise seus atos do dia, atentando tanto para ações e pensamentos positivos, bem como para os negativos. Analise a seguir a semana que se passou, o ano, a década. Consulte agendas, diários ou antigas cartas em, seu poder para refrescar sua memória. Você continuamente comete os mesmos erros? Em caso positivo, jure nunca mais repeti-los, num ritual concebido por você mesmo.
Em seu altar, você pode escrever tais erros num pedaço de papel. Podem ser inclusas emoções negativas, medos, prazeres desmedidos, permissão que outros controlem sua vida, intermináveis obsessões amorosas para com homens/mulheres indiferentes a seus sentimentos. Enquanto escreve, visualize-se agindo dessa forma no passado, não no presente.
A seguir, acenda uma vela vermelha. segure o papel sobre a chama e atire-o num caldeirão ou em outro recipiente a prova de fogo. Grite - ou simplesmente afirme para si mesmo - que tais ações do passado não fazem mais parte de você. Visualize sua vida futura livre de tais comportamentos nocivos, limitadores, inibidos. Repita o ritual enquanto for necessário, talvez em noites de lua minguante, para levar a cabo a destruição desses aspectos de sua vida.
Se ritualizar sua determinação em progredir nesta vida, seu juramente liberará sua força. Quando sentir-se tentado a reincidir em seus velhos modos de agir ou pensar, lembre-se do ritual e sobreponha essa necessidade com seu poder.
O que acontece após a morte? Apenas o corpo perece. A alma sobrevive. Alguns wiccanos dizem que ela viaja para um reino conhecido como Terra das Fadas, Terra Brilhante ou Terra dos Jovens. Esses são nomes Celtas. Alguns wiccanos chamam esse lugar de Summerland (Terra do Verão), a qual é uma nomenclatura teosófica. Simplesmente, é uma realidade não física, muito menos densa do que a nossa. Algumas tradições da Wicca o descrevem como uma terra de verão eterno, com campos gramados e doces rios, talvez como a terra antes do advento da raça humana. Outros vêem vagamente como um local sem formas, onde fluxos de energia coexistem com as energias maiores - A Deusa e o Deus em suas identidades celestiais.
Diz-se que a alma revê a última vida, talvez de um modo misteriosos, com as deidades. Isto não é um julgamento, uma pesagem da alma de uma dada pessoa, mas sim uma revisão encarnatória. Lança-se luz sobre as lições aprendidas ou ignoradas.
Após um período apropriado, quando as condições da Terra estiverem favoráveis, a alma reencarna e reinicia-se a vida.
A pergunta final: o que ocorre após a última encarnação? Os ensinamentos da Wicca foram sempre vagos quanto a isso. Basicamente, os wiccanos dizem que após subir a espiral da vida, morte e renascimento, as almas que atingiram a perfeição liberam-se para sempre desse ciclo e coabitam com a Deusa e o Deus. Nada é desperdiçado. A energia residente em nossas almas retorna à fonte divina da qual se originou.
Por aceitar a reencarnação, os wiccanos não temem a morte como um mergulho no esquecimento, com seus dias de vida terrena para sempre perdidos no passado. A morte é vista como a porta para o renascimento. Portanto, nossas próprias vidas estão simbolicamente ligadas aos infindáveis ciclos das estações que moldam nosso planeta.
Não tente forçar-se a acreditar na reencarnação. Conhecer é muito superior a acreditar, pois o acreditar é próprio dos mal-informados. Não é muito sábio aceitar uma doutrina importante como a reencarnação sem estudá-la para saber se ela realmente lhe atrai.
Além disso, apesar de poderem existir fortes conexões com os que amamos, acautele-se quanto à noção de almas companheiras, como, por exemplo, pessoas que tenha amado em outras vidas e que você esteja destinado a amar novamente. Por mais sinceros que seus sentimentos e crenças possam ser, eles nem sempre se baseiam em fatos. Durante o desenrolar de sua vida, você pode encontrar cinco ou seis pessoas com as quais sinta a mesma ligação, apesar de seu envolvimento atual. Será que todas são almas gêmeas?
Uma das dificuldades deste conceito é a de que, se estamos intrinsecamente ligados às almas de outras pessoas, ao continuarmos a encarnar com elas não estaremos aprendendo absolutamente nada. Assim, anunciar que encontrou sua alma companheira tem, o mesmo efeito de dizer que você não está progredindo na espiral encarnacional.
Um dia você saberá, e não só acreditará, que a reencarnação é tão real quanto uma planta que dá botões, floresce, espalha sua semente, seca e gera outra planta a sua imagem. A reencarnação foi provavelmente intuída pelos povos antigos quando estes observavam a natureza.
Até que tenha chegado a uma conclusão própria, você pode desejar refletir sobre e considerar a doutrina da reencarnação.

O Princípio Masculino

sexta-feira, 27 de maio de 2016



Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o Sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade. O sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.

O Deus Cornífero

O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulhamos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.
Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas varia muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.
O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.
Daí surge o Deus Azul, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.
Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, o Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora. Ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, o Falo Ereto, o Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.
Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionísio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é o seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza.
Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... aliás, todos nós somos frutos dessa dança de amor. O Deus é o Ancião Sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.
E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.
Ele que na dança da morte retoma o brilho do Sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez..
Ele que é Pai, Filho, Bebê Iluminado, Amante Selvagem, Sábio Educador... ele, o Deus que se revela apenas pela Deusa.

The Very Best of Celtic (2013)


Celtic Mistery (1999)


A Deusa e o Deus


"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje.. Na Primavera Ela é Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No Verão Ela é a Mãe, grávida, Ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernunnos... No Outono Ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã, que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No Inverno Ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um tempo só, sua consorte e sua mãe.

Princípio Feminino


A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que sta última ficou mais relacionada à Bruxa na imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal.

O Divino Feminino

A Deusa foi à primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida, atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.
Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã  se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminino, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituída na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.
Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto e preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito e a outras formas de vida no planeta.
Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do cento dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero, seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Visa... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa, são a mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.
A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais um vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer homem sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.
Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela é a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autossuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época é o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.
Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua Face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fizermos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.
É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituída pelos 8 Sabbaths que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbaths cremos que estamos ajudando no giro da Rosa da Visa, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.
Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar - , as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedra minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas, Guardiões doa lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).

Celtic Nots & Lothlorien (CD Completo)


Corpo Espiritual

quinta-feira, 26 de maio de 2016


Segundo os xamãs, todos nós possuímos um corpo espiritual. Eles os descrevem como ondas que circulam todo corpo humano como um sinal do eu superior (Wanagi) que existe em cada ser humano.
Esse corpo espiritual tem sido descrito e visto há séculos não só pelos xamãs, mas também por místicos, médiuns e sensitivos. Quem foi que não viu quadros e retratos de santos e avatares com halos de luz circundando seu corpo? A ciência através da fotografia Kirlian, identificou esse corpo que não pode ser visto a olho nu.
Nesse exercício que iremos fazer, praticaremos a visualização xamânica, na intenção de cada um possa visualizar e sentir o seu corpo espiritual.

Parte 1
  • Relaxe e feche os olhos.
  • Explore rapidamente o limite do seu corpo, começando pelos dedos dos pés e suba pelo corpo todo.
  • Lentamente procure expandir o limite do seu corpo, como se tivesse sendo preenchido com ar.
  • Continue a expandir seu corpo espiritual até chegar a mais ou menos a 30 centímetros do seu corpo original.
  • Agora experimente a expansão.
  • Sinta a sensação de passar por debaixo de um galho ou de uma porta com seu corpo expandido.
  • Encolha seu corpo espiritual até a sua dimensão original. Com a prática nós iremos sentir cada vez mais esse campo energético. Se você quiser pode acabar o exercício por aqui (aconselha-se fazer os exercícios por partes), porém, nós continuaremos com a explicação da visualização do nosso corpo espiritual.
Parte 2
  • Relaxe e feche os olhos.
  • Imagine um campo de energia atravessando seu corpo até o limite de 30 centímetros.
  • Dê um passo para trás e visualize o seu corpo espiritual.
  • Aos poucos, procure identificar a cor ou as cores que circunda-o.
  • Identifique a qualidade da energia que vibra nesse corpo.
  • Se tiver dúvidas quanto ao que está vendo, procure uma orientação espiritual.
  • A resposta virá através de pensamentos, imagens, sensações ou palavras.
  • Depois da resposta, volte a dimensão original.
Obs.: Quanto mais praticarmos, mais conheceremos nosso corpo espiritual. Aconselhamos a praticá-lo sempre.

Existem ainda os que se sentem desgastados e cansados após um dia cheio de tarefas, e queiram purificar o espírito para restabelecer o equilíbrio necessário ao nosso corpo espiritual. Então tentemos estes passos:
  • Relaxe e feche os olhos.
  • Sinta o seu corpo espiritual.
  • Explore op seu corpo espiritual de cima a baixo.
  • Defina seus limites e sinta sua forma.
  • Procure identificar a cor do seu corpo espiritual no momento.
  • Imagine uma cachoeira ou uma lagoa.
  • Tome um banho nela e beba um pouco d'água, visando purificar e limpar seu corpo espiritual.
  • Agradeça às águas e abra lentamente os olhos.
Obs.: Existem algumas variações desse exercício. A imagem da lagoa pode ser substituída por uma chuva. Se quisermos, substituímos as imagens mencionadas, pela Sauna Sagrada, imaginando o vapor que exala das pedras purificando o nosso ser.
 
Algumas vezes, após confrontos emocionais e reuniões, ou situações, nós sentimos uma perda demasiada de energia. O próximo exercício deve ser rápido. Com a prática conseguiremos controlar o nosso corpo espiritual e direcionar essa energia para o nossos benefício.
  • Relaxe e feche os olhos.
  • Sinta o seu corpo espiritual.
  • Explore seu corpo espiritual de cima a baixo.
  • Observe qualquer parte onde há falta de energia.
  • Direcione energia para essas partes, preenchendo-as.
  • Ilumine as partes que estão escuras com muita energia espiritual.
  • Observe muito bem o seu corpo espiritual e molde-o com pequenas pancadas, para que ele volte a ser harmonioso.
  • Faça um diagnóstico de como se encontra seu estado de espírito. Reconheça em que estado você se encontra.
  • Solicite mentalmente a mudança desejada.
  • Identifique a qualidade que necessita no momento.
  • Procure por algo na natureza que tenha essa qualidade (caso precise de visão evoque a visão da águia; se necessitar sabedoria peça ao urso; se precisar de paz imagine um pôr do Sol; etc.).
  • Comece a colorir seu corpo espiritual com a cor da imagem da natureza identificada.
  • Após colorir seu corpo espiritual, agradeça ao espírito da imagem da natureza.

Em alguns momentos queremos estar conscientes do que ocorre com o nosso corpo espiritual, auxiliando-nos a ter o controle sobre nosso campo de energia. É preferível que o próximo exercício seja realizado ao ar livre.
  • Relaxe e feche os olhos.
  • Tome consciência do seu corpo físico.
  • Explore seu corpo físico da cabeça aos pés.
  • Tome consciência da Mãe Terra abaixo de seus pés.
  • Estabeleça uma conexão, tendo como ponto de partida a base da sua coluna.
  • Deixe seu corpo espiritual formar uma cauda que irá se conectar com a Mãe Terra.
  • Sinta a cauda transformar-se numa raiz.
  • Use a cauda para retirar toda energia negativa do seu corpo.
  • Após livrar-se das energias negativas, solicite a Mãe Terra que lhe d~e um pouco da sua energia.
  • Sinta a energia da Mãe Terra fluindo por seu corpo, tornando-o mais sólido e presente.
  • Respire bem fundo, agradeça a Mãe Terra pela sua energia, e sinta aos poucos, voltando ao seu estado natural.

União Folk I

quarta-feira, 25 de maio de 2016


Neste domingo (22 de maio), no Parque Ibirapuera (São Paulo, SP), aconteceu o União Folk I.
O evento contou com palestras sobre vertentes da magia, comidas rústicas e seus preparos para rituais sazonais e a presença da Banda Eldhrimnir.
Eu, Cordélia, presenciei este encontro e posso garantir que foi mágico. Muitas pessoas de espírito elevado e repletos de amor. Um evento que como disse um dos palestrantes, Klaus Alcsander Kaiser (que ministrou a palestra sobre druidismo), criou uma alma, que perdurará na eternidade.
Deixo aqui para vocês a cobertura desse maravilhoso evento:

Cobertura do Manual da Pequena Bruxa:

Cobertura por Walter Reis Kuroi:

Magia de Imagens


A magia de imagens surge como visões de desdenhosos bonecos de vodu repletos de alfinetes pretos. Temos que "agradecer" à mídia e a um século de propaganda fundamentalista por isso...
O tão famoso "boneco de vodu", que nem é ligado apenas àquela religião tão incompreendida nem tampouco é necessariamente um boneco, tem suas origens na magia de imagens, a qual é bem conhecida por todos os sistemas mágicos desde o início da história registrada.
Por toda parte, foram feitas imagens - de diversos tipos de madeira, argila, chumbo, ouro e prata; gravadas em grandes folhas, cascas de árvore, peles de animais; moldadas em limões, cebolas, maçãs, ovos, nabos, castanhas, cocos, limas, batatas e as famigeradas raízes de mandrágora.
Algumas vezes, a imagem era esculpida em grandes detalhes, até mesmo as tranças do cabelo. Em outras, era uma rústica representação esculpida em superfícies planas, como as cascas de frutas, cascas de árvores ou mesmo na própria terra, rabiscada com as pontas dos dedos ou com bastões na areia.
Sejam quais forem as substâncias, ou os encantamentos, as imagens permanecem sendo um dos objetos mais utilizados na história da magia.
Hoje, após quase cinco mil anos de uso contínuo de uma técnica que remete a um período no qual vivíamos em cavernas, ainda carrega uma infundada reputação maligna.
Certo, a magia de imagens foi utilizada para propósitos negativos, mas do mesmo modo quase todos os outros tipos de magia também o foram. Sua contribuição mais útil às artes da magia foi permitir a nós que tivéssemos uma planta, um diagrama de nós mesmos ou daqueles para os quais queremos praticar magia.
A imagem realmente não se torna a pessoa representada; nenhuma imagem é batizada ou recebe o sopro da vida, como nos trabalhos mais obscuros.
As figuras ou imagens servem apenas como uma planta com a qual planejamos e geramos nosso futuro, sempre visando melhores condições.
Livros de magia que lotam as prateleiras de lojas de ocultismo atualmente estão repletos de magia com imagens, geralmente destinadas a causar tortura ou morte, e os próprios bonecos podem ser normalmente adquiridos, pelo correio, com os alfinetes inclusos.
Mas nada disso será discutido aqui. Em vez disso, exploraremos os aspectos mais humanos, e os encantamentos - que são todos simples - que vibram amor e cura, proteção e bênçãos.
Espalhe terra úmida ou areia num prato redondo com cerca de 2,5cm de profundidade. O parto deve ter preferencialmente 24cm de diâmetro para ser suficientemente espaçoso.
Esta será a "tela" sobre a qual desenhará sua imagem.
Seu instrumento de "escrita" será um ramo rígido, ou talvez um lápis apontado. Há milhares de anos utilizava-se um estilete e argila.
Se a terra estiver seca demais, pode-se acrescentar um pouco de água. Se for impossível obter terra limpa, recolha um pouco de areia (ou compre um pouco) e molhe até que se "ajuste", ou seja, até que mantenha um desenhos nela feito.
Esses preparativos devem ser repetidos para cada magia de imagens que pratique. Devolva a terra utilizada após um encantamento feito a ela.
Obviamente, se puder praticar estes encantamentos no solo, os resultados serão ainda melhores, uma vez que este era o modo original. Os encantamentos serão levemente modificados, mas, uma vez mais, valem a pena.

Magia dos Espelhos

terça-feira, 24 de maio de 2016


A pergunta da rainha das feiticeiras a seu espelho mágico no antigo conto de fadas, hoje conhecido como "Branca de Neve", é um eco de práticas tão velhas quanto o próprio tempo. Como muitos dos instrumentos de magia, o espelho é um objeto inspirado na Natureza.
Os primeiros espelhos eram os lagos. Num dia tranquilo, quando as águas  não formam ondas, pode-se observar um reflexo bastante detalhado. Na tentativa de capturar esse fenômeno, poliam-se pedras e metais até que, por fim, produziu-se o vidro que, quando revestido em um dos lados com uma fina camada de parta, produzia uma superfície reflexiva perfeita - um lago perfeitamente cristalino, "congelado" para ser usado quando desejado.
Espelhos (e superfícies reflexivas) há muito dominam nossa imaginação. Há diversas referências a espelhos no folclore, assim como na magia, se bem que tais práticas estão quase que esquecidas hoje.
O simbolismo do espelho é simples e ao mesmo tempo complexo. É considerado sagrado à lua, pois, como a lua reflete a luz do sol, o espelho é um objeto reflexivo. Sendo um símbolo lunar, os espelhos utilizados em magia são geralmente de forma redonda.
Além disso, os espelhos nos permitem ver coisas que não poderíamos ver sem sua ajuda - não apenas as coisas físicas, mas também coisas mais elevadas, como as memórias de vidas passadas, visões para o futuro, ou de eventos ocorrendo simultaneamente em outros locais.
A magia com espelhos provavelmente teve seu apogeu durante a Grécia Clássica e em Roma. Espelhos polidos de bronze eram utilizados em rituais de magia e cosméticos. A maioria desses espelhos era pequena e usada com as mãos.
Uma antiga técnica para induzir clarividência é refletir a luz de uma fogueira na lâmina brilhante de uma espada ou faca; o reflexo assim apanhado causava visões a quem nela se concentrava. Esta é apenas mais um forma de magia com espelhos metálicos.
Apesar de práticas como essa ainda serem utilizadas, a maioria das práticas com espelhos atualmente é feita com espelhos de vidro. Espelhos antigos não são necessariamente melhores, pois tendem a possuir imperfeições (como a perda da folha de prata), o que pode interferir. Muitas vidraçarias cortam espelhos sob medida, portanto não é impossível obter aqueles redondos.
Para rituais rápidos, pode-se até mesmo utilizar um espelho de bolso, se bem que isso é muito mais fácil para mulheres. Muitos encantamentos foram lançados enquanto uma mulher fingia retocar a maquiagem.
Lembre-se sempre de que o espelho é uma simples ferramenta, um elo com a lua, com seu subconsciente, e por fim com a própria Natureza.
A magia costuma ser espontânea, e você deve estar preparado praticamente para tudo.

Bosques Sagrados


No Antigo Testamento existem numerosas referências a bosques sagrados e a altares neles erigidos.
Na mitologia grega, um oráculo do deus Zeus estava localizado num bosque sagrado de carvalhos. Um bosque sagrado em Dodona possuía o dom da profecia, e os fogos das vestais que ardiam no bosque consagrado em Nemi consistiam de varetas e galhos de carvalho.
Uma árvore grande dentro de um bosque sagrado representava a deidade masculina dentro da Deusa, tanto como filho quanto como amante, e o ato de quebrar um dos seus galhos significava o mesmo que ameaçar o deus de castrá-lo.
Nos bosques de Diana, em Nemi, os reis sagrados combatiam os inimigos que ousavam quebrar um galho das árvores sagradas. Os sacerdotes patriarcais temiam os bosques sagrados e os consideravam perigosos e maus. Aqueles que os tentavam destruir eram punidos com uma maldição da Mãe-Deusa, como aparece em vários mitos moralizantes, como o de Erisichton, que foi transformado num mendigo sujo e desgraçado pela ira da deusa Demeter.
Os bosques sagrados de ciprestes, em Filos, no Peloponeso, era um abrigo para os que escapavam da prisão, e os ramos das árvores ficaram repletos de algemas e correntes dos fugitivos da Justiça.
As sete árvores sagradas dos bosques irlandês eram o vidoeiro, o salgueiro, o azevinho, a aveleira, o carvalho, a macieira e o amieiro. Seus dias e correspondências planetárias são:

Árvore       Dia                       Planeta
Vidoeiro      Domingo               Sol
Salgueiro    Segunda-feira      Lua
Azevinho    Terça-feira           Marte
Aveleira     Quarta-feira         Mercúrio
Carvalho    Quinta-feira         Júpiter
Macieira     Sexta-feira           Vênus
Amieiro      Sábado                  Saturno

O santuário druida mais conhecido era o bosque sagrado em Derry. Protegido também pelo medo de uma maldição, seu nome mágico é até hoje invocado na frase dos bardos "Hey Derry Down", no coro das antigas baladas celtas.

Magia da Árvore


A árvore é um dos símbolos tradicionais mais essenciais, e seu culto tem sido parte importante e altamente influente na história da religião de quase todas as raças sobre a face da Terra. No culto às árvores de muitas culturas pagãs antigas, a maioria delas era tida como feminina, e a sua seiva, oferecida em cálices dourados aos deuses. Acreditava-se que todas as suas partes possuíam poderes místicos.
As árvores eram símbolo essencial da religião caldéia. Símbolos em forma de árvore foram encontrados nos templos antigos e em cilindros  gravados, e há descrições de usos dos ramos tanto nas cerimônias religiosas como mágicas nos textos sagrados dos caldeus.
Árvores sagradas estilizadas, cercadas de seguidores e decoradas com guirlandas aparecem em muitas esculturas indianas dos tempos antigos. Outro estágio de estilização da árvore sagrada é sua decoração com máscaras ou artigo de vestuário para simbolizar a deidade; e por fim, a escultura do seu tronco numa estátua.
Na Grécia, quando se honrava um deus ou uma deusa, eram colocadas grinaldas feitas dos galhos da sua árvore sagrada sobre a mesma, que era então adorada. Penduravam-se também várias oferendas e presentes, troféus de caça e armas dos conquistadores para trazer boa sorte. Mesmo após muito pagãos terem sido convertidos aos novos caminhos do cristianismo, as pessoas continuaram a acender velas e a oferecer pequenos sacrifícios sob árvores sagradas. Nos tempos atuais os Bruxos ainda penduram guirlandas sobre certas árvores e dançam em torno de seus troncos.

Yggdrasil

O conceito de universo como árvore aparece repetidamente na mitologia e no simbolismo pagãos, sendo talvez mais bem conhecido na sua forma escandinava, onde, acreditava-se, um freixo gigante sempre verde, conhecido como "Yggdrasil", é a "árvore do Mundo", que liga o Céu ao submundo. Seu tronco sagrado passa pelo centro do mundo, e seus galhos se espalham sobre os céus e estão cheios de estrelas brilhantes. As três deusas do destino habitam suas raízes, junto com uma serpente gigantesca, semelhante a um dragão. Debaixo do Yggdrasil, os deuses teutônicos se reúnem todos os dias para julgar.

Árvore da Vida

O folclore e as mitologias de várias culturas diferentes em todo o mundo contêm uma gigantesca árvore da Vida, que é a essência de todas as árvores e cujos frutos conferem a imortalidade quando comidos pelos mortais.
A árvore da Vida, na lenda nahua, era a piteira, uma planta tropical que se dizia ter sido descoberta pela deusa de 400 troncos Mayauel. De acordo com a antiga religião asteca, o "leite" da piteira fora utilizado pelo deus de cabeça de cachorro, Xolotl, para nutrir o primeiro homem e a primeira mulher criados pelos deuses.
Na Cabala, a árvore da Vida é um diagrama místico de Deus, do homem e do universo, e até na Bíblia (Gênesis, capítulo II) existe menção à árvore da Vida que crescia no Jardim do Éden junto com a árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que originou o frutp proibido.
De acordo com a lenda dos chineses, indianos e sul-americanos, as almas dos mortos ascendem ao reino do paraíso pelo tronco de uma árvore da Vida Sagrada.
A macieira era a árvore da Vida adorada pelos antigos celtas. A chinesa era tanto o pessegueiro como a tamareira.. A dos semitas era também a tamareira, e a árvore da Vida na história do "Jardim do Éden", da Babilônia, era a palmeira.
Na índia, a árvore da Vida Sagrada (Asvattha) era a figueira. Como Yggdrasil, seus galos atingiam o céu, e suas raízes desciam às profundezas do submundo.
A figueira é tida como a árvore da Vida por muitos povos, sendo com frequência adorada como a árvore do Conhecimento.
Os kayans do Bornéu Central acreditam que se originaram dos ramos e das folhas de uma árvore da Vida milagrosa que, no início dos tempos, caiu do céu na terra.

Magia do Fogo


Fogo é o elemento da mudança, desejo e paixão. De certa forma, contém dentro dele todas as formas de magia, pois a magia é um processo de mudança.
A magia do Fogo pode ser assustadora. Os resultados se manifestam rápida e espetacularmente. Não é um elemento para os de pulso fraco. Entretanto, é o mais básico e, por isso, muito utilizado.
Este é o domínio da sexualidade e da paixão. Não é apenas o "fogo sagrado" do sexo, mas também a centelha de divindade que brilha dentro de nós e de todos os seres vivos. É ao mesmo tempo o mais físico e o mais espiritual dos elementos.
Seus rituais de magia envolvem energia, autoridade, sexo, cura, destruição (de hábitos negativos e males), purificação, evolução, e assim por diante.
Um ritual de Fogo geralmente envolve defumação, a queima ou o chamuscar de uma imagem, ervas ou outro objeto inflamável, ou a utilização de velas ou pequenos fogareiros.
Sua magia é normalmente praticada próxima à lareira, ou ao lado de fogueiras acesas em clareiras ou junto à chama de uma simples vela.
O fogo é masculino. Rege o Sul, o local do grande calor, de cor vermelha e da estação do verão.
Toda magia de velas é regida pelos poderes do fogo.
O fogo sempre gerou admiração religiosa. Sua forma sempre mutável, cores variadas, calor e luz, além das verdadeiras mudanças que opera são o material do qual é feita a magia.
Antes de sabermos com acender o fogo, o mundo devia ser, sem dúvida, escuro. Pela fricção e pederneiras, a humanidade capturou essa essência divina e mudou para sempre o mundo.
Enquanto os chamados "cultos ao fogo" geralmente não passam de um eufemismo para a reverência mística ao sexo, existiram muitas religiões que cultuavam o fogo como um símbolo do divino.
Quem não ouviu falar das chamas eternas guardadas pelas virgens vestais de Roma em seus altares? Ainda hoje, as sinagogas judaicas mantêm um fogo eterno, e alguns túmulos, como o de John F. Kennedy, também possuem equipamento similar.
Apesar de esquecido pela maioria de nós atualmente, o significado religioso do fogo ainda é evidenciado nos altares de muitas das principais religiões do mundo. Que altar católico estaria completo sem velas acesas? A chama brilhante de uma vela, ou uma grande labareda de uma fogueira no topo de uma montanha são ambos objetos de poder que podem ser utilizados na magia.
O fato de o fogo ser um elemento poderosos fez com que os antigos o cultuassem. A presença de velas em altares durante a missa não é acidental; essas velas liberam sua própria energia, assim como o olíbano fumegante nos incensários brilhantes, e como a prece do devoto.
A magia das velas está voltando a ser enormemente popular, talvez por ser simples e eficaz. Apesar de ser talvez a única forma de magia do Fogo prontamente disponível, está longe de ser a única atualmente. São essas outras formas que deverão ser investigadas aqui.
A magia do Fogo pode ser praticada sempre que um fogo puder ser seguramente aceso. Uma lareira interna ou externa, uma churrasqueira, um canteiro limpo ou um buraco especialmente cavado, cercado de pedras ou tijolos; qualquer coisa funciona, desde que o fogo possa ser aceso com segurança numa área na qual você tenha privacidade para praticar sua magia.
Em alguns encantamentos, não serão necessários mais do que alguns pedaços de gravetos. Em outro, serão necessárias verdadeiras fogueiras ou vários fogos. Qualquer combustível é aceitável, desde que seja limpo, seco e não muito úmido.
Devido à sua natureza inflamável, esse tipo de magia é melhor executado numa área deserta, mas qualquer lugar é aceitável.

Magia das Pedras

segunda-feira, 23 de maio de 2016


A magia das pedras é aquela com a qual quase todas as pessoas estão familiarizadas, pois muitas sabem ao menos da existência das pedras de nascimento, aquelas que "pertencem" aos mês de seu aniversário. Há também uma grande massa de folclore relacionada aos poderes e usos mágicos de pedras preciosas e semipreciosas. Por exemplo, dizia-se que as pérolas causavam lágrimas, as opalas trazem azar a quem as usa e que diamantes representam a constância do amor; eis o porquê de serem usados em anéis de casamento e noivados.
Apesar de o folclore das pedras preciosas e semipreciosas ser geralmente contraditório (alguns peritos dizem que as pérolas causam lágrimas de alegria, e que as opalas atraem boa sorte), isso não é realmente importante, pois é uma prática muito cara que poucos de nós teriam condições de praticar.
Mas as pedras comuns, as quais vemos nas ruas ou escavamos de nossos quintais, aquelas que se amontoam em leitos de rios e praias, ou que se espalham como se uma não gigante as houvesse espalhado sobre o terreno, essas pedras possuem poderes e podem ser utilizadas em magia do mesmo modo que aquelas de enorme valor comercial.
O simples fato de a pedra ser valiosa não lhe confere nenhum poder especial. Claro que, quanto mais rar for a pedra, maior a mística que a cerca. Os diamantes são um ótimo exemplo. Mas eles não são necessários em magia.
Algumas vez vocês já se pegou apanhando pedras em um passeio, guardando pedregulhos em seus bolsos sem motivo aparente? Ou talvez você já tenha comprado um pedaço brilhante de ágata ou ôniz numa loja de presentes ou de curiosidades. Já se perguntou por que?
Centenas de milhares de anos atrás, as pedras eram usadas como ferramentas. Elas - e ossos - eram as únicas ferramentas disponíveis, e os povos antigos as utilizavam para colher plantas como alimento, para caças, costurar suas vestes e executar qualquer tarefa que não pudessem com as próprias mãos.
Hoje em dia, as pedras não recebem muita atenção, a não ser quando um jardineiro as encontra no solos, e silenciosamente as xinga pelo trabalho que representam para ele. Mas elas podem ser instrumentos valiosos na magia, são baratas e facilmente obtidas. Você mora na cidade? Deve haver um parque em alguma parte, ou um terreno baldio.

Magia da Terra


Este é o elemento com o qual estamos mais à vontade, pois é nossa morada. Terra não representa necessariamente a Terra física, mas sua porção estável, sólida, segura.
A Terra é o alicerce dos elementos, a base. É nesse plano que a maioria de nós passa boa parte de nossas vidas. Quando caminhamos, sentamos, nos erguemos, rastejamos, comemos, dormimos, trabalhamos, cuidamos de nossas plantas, conferimos nossos orçamentos ou ingerimos sal, estamos trabalhando dentro do elemento da Terra.
A Terra é o domínio da abundância, prosperidade e riqueza. É o mais físico dos elementos e isso não é negativo, pois é sobre a Terra que os três outros elementos se apoiam. Sem a Terra, a vida como conhecemos não existiria.
Nas práticas de magia, a Terra "rege" todos os encantamentos e rituais que envolvam negócios, dinheiro, emprego, prosperidade em todas as suas formas, estabilidade, fertilidade e assim por diante.
Um ritual desse elemento pode ser simplesmente enterrar um objeto representando sua necessidade em uma área do solo virgem, caminhar pelo campo visualizando sua necessidade, ou desenhar imagens no chão.
A Terra é um elemento feminino. Ela sustenta, é úmida, fértil, o que a faz feminina. Esses atributos fizeram com que incontáveis civilizações vissem a Terra como a Grande Mãe, a sempre fértil Criadora da Natureza.
A Terra rege o ponto cardeal Norte, pois esse é o local da maior das escuridões e do inverno. Sua cor é o verde dos campos e das plantas.
A Terra é nossa única morada. É dela que mitologicamente surgimos e é em seu solo úmido que sepultamos nossos mortos. De sua superfície colhemos verdejantes vegetais e plantas curativas. Os animais pastam sobre ela, e em seu interior jazem riquezas de ouro e prata, pedras preciosas e óleo. Até recentemente, nenhum ser vivo - a não ser os pássaros - deixava sua superfície por mais de alguns instantes.
As antigas deusas da Terra sobreviveram até hoje na forma de Mãe Natureza, uma deidade que vem sendo resgatada por almas conscienciosas acerca da Natureza na aurora do século XXI. A Terra já foi cultuada por si só, e hoje é reverenciada por ser nossa morada e sustento. Sem ela, nós perecemos.
Movimentos ecológicos surgiram para preencher a necessidade de proteção ao nosso planeta. Espaçonave Terra, como passou a ser chamada após conseguirmos deixar sua atmosfera e contemplarmos sua massa azulada do espaço; Gaia, nossa Mãe, nosso lar, nosso tudo. Sempre foi.
Assim, ela é parte do pensamento e da prática de magia há milhares de anos.

Instrumentos para Magia do Mar

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os instrumentos da magia do mar são encontrados no oceano ou atirados pelas ondas na praia. São naturais e feitos pelo homem; antigos como o próprio mar e novos e frescos como a aurora. Apesar de variarem de lugar para lugar e de era para era, eis aqui alguns dos mais conhecidos.

Conchas do Mar
Presentes do mar, são usadas para representar as deidades do oceano. Longas e espiraladas, representam os deuses, enquanto as redondas simbolizam as deusas. Cauris têm sido
 usadas por séculos para a última finalidade.
Muitas bruxas do mar e magos colocam conchas em seus altares por essa razão ao praticar magia do mar em casa.
Quando encantamentos são praticados no litoral, deve-se marcar um círculo protetor com conchas distribuídas em um anel e recolhidas com esse propósito.
Podem ser utilizadas como pingentes para atrair fertilidade, ou para atrair dinheiro, pois já foram utilizadas como moeda.
Apanhe uma grande concha univalve (inteiriça) e ponha-a próxima a seu ouvido. Deixe que ela fale com você, Pode ouvir mensagens do futuro ou do passado; ou o som do mar pode acalmar sua mente para receber mensagens psíquicas.
Uma concha especial que encontre na praia pode ser transformada num amuleto de proteção ou de sorte.
Uma concha posicionada à entrada de uma casa assegura que a sorte entrará nela.
Conchas e outras univalves bem grandes são assopradas no litoral para afastar a negatividade e para convidar os Deuses e espíritos para rituais e encantamentos.

Madeira Flutuante
Pedaços de madeira arrastadas pelo mar, cheios de sal marinho e secos pelo sol na praia são o combustível natural de fogueiras místicas, que normalmente são parte da magia.
Essa madeira pode ser utilizada em encantamentos. Apanhe um pedaço apropriado e entalhe nele sua necessidade com uma faca. Atire-o de volta ao mar, implorando que satisfaça seu desejo.
Um pedaço menor pode ser enfeitado com símbolos protetores e usado como amuleto ou talismã para atrair ou repelir forças, dependendo de seus desejos.
Pode-se também fazer uma espécie de bastão mágico com essa madeira; com esse bastão, pode-se desenhar círculos na areia onde praticar magia. Pode-se também utilizá-lo para riscar runas na areia. Não há regras quanto ao seu tamanho, forma ou tipo de madeira; seja o que for que o mar ofereça, é bom.

Boias de Pesca
Nas praias do Oceano Pacífico, na parte noroeste dos Estados Unidos, lançavam-se boias de pesca ao mar. O mesmo ocorria em outras partes do mundo.
Muitos anos atrás, tais boias, utilizadas para sustentar redes de pesca, eram feitas de vidro, geralmente de cor azul ou verde. O vidro é grosso e as bois "saltam" quando derrubadas ou quebradas, e na base da boia há uma pequena massa elevada de vidro, onde a boia era fechada durante sua manufatura.
Infelizmente, a maioria das boias de pesca atualmente utilizadas são de plástico. Se encontrar uma boia de vidro na praia, considere-se extremamente sortudo. Se não, compre uma numa loja de antiguidades. Certifique-se de que a boia tenha realmente sido usada no mar, pois isso a carrega.
Não importa se encontrou ou não uma boia velha, leve-a ao mar na maré alta. Mergulhe-a três vezes na água e diga:
"Globo de Vidro Azul (ou Verde), aqui eu lhe carrego
Para que me seja uma dádiva psíquica.
Quando tocada pelo sal, libere seu poder!
Esse é o meu desejo, assim seja."
Leve a boia para casa, enrole em pano azul e verde e guarde num local seguro.
A boia de pesca pode agora ser utilizada como uma bola de cristal para visões.
Retire-a, unte a base com um pouco de água salgada, apoie-a no pano e pratique.

Pedras Furadas
Se encontrar na praia uma pedra com um furo, apanhe-a pois é um valioso instrumento de magia. A pedra furada é pendurada em casa para proteção, usada numa corrente no pescoço com a mesma finalidade, e para muitos outros fins em magia.
Apanhe uma pedra furada, encontre um graveto no qual se encaixe firmemente e atire-os ao mar. Um amor virá até você.
Para ver os espíritos do mar, leve a pedra furada ao mar, à noite, na maré alta. Feche um olho, de frente para o mar, e ponha a pedra furada no outro. Olhe através do buraco e você poderá ver os espíritos.
Para cura, coloque a pedra furada em sua agua de banho. Acrescente sal e entre na banheira. A pedra só poderá ser utilizada para este propósito.
A pedra furada é um dos mais valiosas instrumentos de magia, e é grátis, um presente do mar. Por ser um símbolo da eternidade e da força feminina da natureza, não é apenas uma peça de boa sorte, nem só um eficiente instrumento de magia; é sem dúvida sagrada.

Algas
Se por um lado as algas são uma importante fonte de alimento em muitas partes do mundo, no Ocidente ela raramente é utilizada, a não ser no processamento e conservação de diferentes alimentos e produtos como creme dental e sorvetes. Entretanto, há muitas utilizações mágicas para a alga marinha.
Seque um pequeno pedaço de qualquer espécie de alga ao ar livre. Quando estiver completamente seco, pendure-o em casa para proteger a estrutura do fogo,
Algas secas também são usadas para acender fogueiras nas praias, e penduradas ao ar livre como indicadores do clima. Quando  a alga estiver enrugada, o clima será ensolarado. Quando incha, e parecer molhada ao toque, existe a possibilidade de chuva.
Um pequeno pedaço de alga marinha numa garrafa de uísque, bem fechada e colocada numa janela ensolarada, pode atrair dinheiro à sua casa, A garrafa deve ser agitada diariamente.