Ritual da Primeira Morte

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fênix: O simbolo do renascimento
Você vai precisar de:

  • Caldeirão
  • Ervas secas
  • Um papel branco
  • Uma caneta preta
  • Um copo de vinho tinto seco
  • Um dedo de álcool
  • Um incenso

Uma hora antes do amanhecer, vá a um lugar ao ar livre (pode ser um quintal, seu jardim, um terraço ou varanda). Coloque seu caldeirão diante de você. Acenda o incenso e coloque-o, junto com o vinho, um em cada lado do caldeirão. Respire fundo e faça a invocação:
Minha Grande Mãe, eu invoco sua terceira face. Mãe anciã, Mãe sábia, Mãe do Fim, eu a chamo para me auxiliar nesta passagem. Com tua ajuda, eu tomo o barco que cruza essa tormenta, eu atravesso as batalhas e saio ileso. Com sua proteção, a sabedoria é minha aliada e a coragem, minha companheira. Grande Mãe Anciã, venha a mim!
Você sentirá a presença da Mãe em sua face mais idosa. Talvez chegue a ver uma idosa perto de você. Não há razão para medo. Pegue as ervas e esmigalhe-as com as mãos. Vá jogando dentro do caldeirão. Pense sobre o que você tem passado, o que tirou seu chão, o que o magoou a ponto de fazê-lo perder o rumo. Vá pensando e mentalizando sobre esta que é uma fase tão difícil da sua vida que você precisa morrer para renascer.
Provavelmente, você será acometido de forte emoção. Se quiser, chore. Se puder, chore até a barriga doer! A hora de se lamentar é agora. Essa é a sua morte. Quando renascer, não haverá mais espaço para lágrimas e desespero. Elas darão lugar à saudade e à sabedoria do tempo.
Quando terminar com as ervas, pegue o papel e comece a escrever como se sente a respeito do que lhe aconteceu. Jogue um pouquinho de álcool (um dedo num copo já está bom, dependendo do tamanho do caldeirão) e um fósforo aceso. Como sempre, cuidado absoluto ao lidar com salamandras. Respeito e cuidado são absolutamente imprescindíveis. Afaste a garrafa de álcool e jamais jogue mais álcool com o fogo já aceso.
Olhe para o papel e leia-o em voz alta. Quando terminar, diga:

Agora, eu me despeço dessa dor.

Rasgue o papel em dois:

Agora, com a ajuda da Mãe, eu mergulho no mar mais profundo, para então subir à tona.

Rasgue novamente:

Com a Mãe que me acolhe, eu morro. Com a Mãe que me cuida, eu renasço. Assim é e assim será, até que eu cumpra minha missão.

Vá jogando os pedaços de papel no caldeirão. Quando terminar, pegue a taça de vinho e erga-a para o alto:

Este é o cálice que o justo precisa tomar. Confiante na Justiça e na Bondade das forças que me regem, eu o tomo!
Beba o vinho. Bastam alguns goles. O restante, despeje na terra ou numa planta próxima, dizendo:

Eu tomo o que me é de direito e divido o amargo que é grande demais para mim. A mãe é bondosa e alivia a dor de seus filhos.
Dizendo isso, aguarde o fogo apagar e veja o raiar do dia. Assim que vir os primeiros raios, diga para o céu:

Obrigado, minha Mãe, minha Anciã! Assim como essa noite teve fim, minha noite mais escura também termina aqui. Neste momento, com sua ajuda, eu renasço das cinzas, como o mítico pássaro sagrado. Neste dia, eu recomeço, com a ajuda das fadas, das salamandras, dos gnomos e das ondinas. Neste dia, eu dou as costas para a dor que me abateu e prossigo, realizando minha sagrada missão. Assim seja e assim se faça!
Vá dormir (isso é imprescindível) e descanse. Quando acordar, sua vida prosseguirá. seus problemas não vão sumir de repente - embora isso também aconteça - mas você está preparado para novas batalhas. Este ritual lhe dá uma energia extra, um frescor de quem acabou de acordar de manhã e tomar um banho. Agora, sua mente estará mais afiada, mais fresca e você se sentirá mais forte. Há com você amigos invisíveis para ajudá-lo e apoiá-lo e as coisas se tornarão mais fáceis.


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