Os Treze Princípios da Crença Wiccaniana

sábado, 4 de fevereiro de 2012

                                        bert_arte

Trecho retirado do livro "A Arte - O Livro das Sombras de uma Bruxa", de Dorothy Morrison

 

  1. Nós praticamos rituais para estabelecer nossa conexão com o ritmo natural das forças vivas, marcadas pelas fazes da lua e pelos eixos sagrados.
  2. Nós admitimos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação ao ambiente. E, por isso, procuramos viver em harmonia com a natureza, num equilíbrio ecológico que oferece pleno sentido à vida e à consciência, e dento de um conceito evolutivo.
  3. Nós reconhecemos a intensidade do poder que as pessoas possuem. Por esse poder ser enorme e transcender o mundo ordinário, às vezes é chamado de “sobrenatural”, mas o vemos potencialmente no interior de cada pessoa.
  4. Nós concebemos o poder criativo do universo manifestando-se por meio da polaridade – masculino e feminino – , e sabemos que esse poder criativo vive em todas as pessoas e funções através da interação entre o masculino e o feminino. E, por estarmos cientes de que cada um de nós serve de apoio ao outro, também sabemos que ninguém pode ser colocado acima do outro. Valorizamos o sexo enquanto prazer, não apenas como símbolo e incorporação da vida, mas também como uma das fontes de energia usadas nas práticas mágicas e nos cultos religiosos.
  5. Nós reconhecemos tanto o mundo aparente como o mundo interior ou psíquico – às vezes conhecido como mundo espiritual, inconsciente coletivo, plano interno e por aí afora – , e entendemos que a interação dessas duas dimensões é a base para os fenômenos paranormais e os exercícios mágicos. E jamais negligenciamos qualquer dessas dimensões em proveito da outra, porque compreendemos que ambas são necessárias para o nosso crescimento.
  6. Nós não reconhecemos autoridades hierárquicas, mas honramos aqueles que ensinam, respeitamos aqueles que compartilham seu conhecimento e sua sabedoria, e reconhecemos aqueles que, na liderança, dão corajosamente tudo de si.
  7. Nós concebemos a religião, a magia e a sabedoria de vida unidas à forma pela qual se vê o mundo e nele se vive – uma visão de mundo e filosofia de vida que identificamos como bruxaria, o caminho wiccaniano.
  8. Dizer-se “bruxa” não faz de ninguém uma bruxa – e o mesmo ocorre com a hereditariedade em si mesma ou qualquer coleção de títulos, graus e iniciações. As bruxas e os bruxos buscam controlar as forças que estão dentro deles próprios e que possibilitam a vida, de modo que possam viver bem e sabiamente, em magoar ninguém e em harmonia com a natureza.
  9. Nós reconhecemos que a afirmação e a plenitude da vida dão significado ao universo conhecido e ao papel que nele representamos, através de uma evolução contínua e do desenvolvimento da consciência.
  10. Nossa única animosidade em relação ao cristianismo ou a qualquer outra religião ou filosofia de vida encontra-se no fato de que suas instituições proclamam ser “o único caminho”, tentando negar a liberdade dos outro e suprimir outras práticas e crenças religiosas.
  11. Na qualidade de bruxas e bruxos americanos, não somos movidos por debates sobre a história da nossa Arte, as origens dos seus diversos termos e a legitimidade dos vários aspectos de suas diferentes tradições. Pois nos preocupamos apenas com o nosso presente e o nosso futuro.
  12. Nós não aceitamos o conceito de “mal absoluto”, da mesma forma que não cultuamos qualquer entidade conhecida como “Satã” ou “Diabo”, definida pela tradição cristã. E também não buscamos o poder através do sofrimento dos outros, nem aceitamos a ideia de que a dor dos outros possa trazer benefícios pessoais.
  13. Nós temos plena consciência de que devemos procurar no seio da natureza tudo aquilo que possa contribuir para nossa saúde e o nosso bem estar.

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