Ritual da Primeira Morte

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fênix: O simbolo do renascimento
Você vai precisar de:

  • Caldeirão
  • Ervas secas
  • Um papel branco
  • Uma caneta preta
  • Um copo de vinho tinto seco
  • Um dedo de álcool
  • Um incenso

Uma hora antes do amanhecer, vá a um lugar ao ar livre (pode ser um quintal, seu jardim, um terraço ou varanda). Coloque seu caldeirão diante de você. Acenda o incenso e coloque-o, junto com o vinho, um em cada lado do caldeirão. Respire fundo e faça a invocação:
Minha Grande Mãe, eu invoco sua terceira face. Mãe anciã, Mãe sábia, Mãe do Fim, eu a chamo para me auxiliar nesta passagem. Com tua ajuda, eu tomo o barco que cruza essa tormenta, eu atravesso as batalhas e saio ileso. Com sua proteção, a sabedoria é minha aliada e a coragem, minha companheira. Grande Mãe Anciã, venha a mim!
Você sentirá a presença da Mãe em sua face mais idosa. Talvez chegue a ver uma idosa perto de você. Não há razão para medo. Pegue as ervas e esmigalhe-as com as mãos. Vá jogando dentro do caldeirão. Pense sobre o que você tem passado, o que tirou seu chão, o que o magoou a ponto de fazê-lo perder o rumo. Vá pensando e mentalizando sobre esta que é uma fase tão difícil da sua vida que você precisa morrer para renascer.
Provavelmente, você será acometido de forte emoção. Se quiser, chore. Se puder, chore até a barriga doer! A hora de se lamentar é agora. Essa é a sua morte. Quando renascer, não haverá mais espaço para lágrimas e desespero. Elas darão lugar à saudade e à sabedoria do tempo.
Quando terminar com as ervas, pegue o papel e comece a escrever como se sente a respeito do que lhe aconteceu. Jogue um pouquinho de álcool (um dedo num copo já está bom, dependendo do tamanho do caldeirão) e um fósforo aceso. Como sempre, cuidado absoluto ao lidar com salamandras. Respeito e cuidado são absolutamente imprescindíveis. Afaste a garrafa de álcool e jamais jogue mais álcool com o fogo já aceso.
Olhe para o papel e leia-o em voz alta. Quando terminar, diga:

Agora, eu me despeço dessa dor.

Rasgue o papel em dois:

Agora, com a ajuda da Mãe, eu mergulho no mar mais profundo, para então subir à tona.

Rasgue novamente:

Com a Mãe que me acolhe, eu morro. Com a Mãe que me cuida, eu renasço. Assim é e assim será, até que eu cumpra minha missão.

Vá jogando os pedaços de papel no caldeirão. Quando terminar, pegue a taça de vinho e erga-a para o alto:

Este é o cálice que o justo precisa tomar. Confiante na Justiça e na Bondade das forças que me regem, eu o tomo!
Beba o vinho. Bastam alguns goles. O restante, despeje na terra ou numa planta próxima, dizendo:

Eu tomo o que me é de direito e divido o amargo que é grande demais para mim. A mãe é bondosa e alivia a dor de seus filhos.
Dizendo isso, aguarde o fogo apagar e veja o raiar do dia. Assim que vir os primeiros raios, diga para o céu:

Obrigado, minha Mãe, minha Anciã! Assim como essa noite teve fim, minha noite mais escura também termina aqui. Neste momento, com sua ajuda, eu renasço das cinzas, como o mítico pássaro sagrado. Neste dia, eu recomeço, com a ajuda das fadas, das salamandras, dos gnomos e das ondinas. Neste dia, eu dou as costas para a dor que me abateu e prossigo, realizando minha sagrada missão. Assim seja e assim se faça!
Vá dormir (isso é imprescindível) e descanse. Quando acordar, sua vida prosseguirá. seus problemas não vão sumir de repente - embora isso também aconteça - mas você está preparado para novas batalhas. Este ritual lhe dá uma energia extra, um frescor de quem acabou de acordar de manhã e tomar um banho. Agora, sua mente estará mais afiada, mais fresca e você se sentirá mais forte. Há com você amigos invisíveis para ajudá-lo e apoiá-lo e as coisas se tornarão mais fáceis.


A lenda/Mito de CuChulainn

terça-feira, 21 de agosto de 2012

                    Bem gente vou falar hoje sobre  CuChulainn espero que gostem da história dele:

CuChulainn: 
foi um dos maiores heróis da mitologia e lenda Irlandesas era um guerreiro a serviço de Conchobhar, rei de Ulster, ficou muito conhecido por sua defesa solitária de Ulster. É dito que CuChulainn teria vivido no ano 1 A.C e contos sobre ele e outros heróis teriam sido escritos a partir do ano 700 D.C.
As aventuras de CuChulainn foram gravadas numa série de contos conhecido como circulo de Ulster (Ulster Cycle).

Início da vida: Assim como muitos heróis irlandeses, CuChulainn teve uma vida curta, aventureira e trágica. Ele era o filho de Dechtire, irmã do rei Conchobhar. Ela e algumas das suas damas foram sequestrados na noite de núpcias por Lugh, deus do sol, que apareceu para ela como uma mosca. Dechtire engoliu a mosca e depois deu à luz um filho cujo nome original era Setanta. Desde o início, a criança possuía poderes extraordinários. Desde o nascimento ele podia nadar como um peixe. Ele tinha sete dedos em cada mão e sete dedos em cada pé, e sete púpilas em cada olho.  Com 7 anos de idade, ele lutou contra 150 guerreiros meninos para ter direito a entrar no tribunal de seu tio. Quando ele tinha 12 anos, Setanta matou acidentalmente o cão de guarda da Cullan smith e se ofereceu para proteger propriedade Cullan até outro cão poder ser treinado. Foi nessa época que ele mudou seu nome para Cuchulain, o que significa "Cão de Cullan". Ele cresceu tornando-se um homem bonito com boa fala e sedutor ,cuja fama era muito conhecida entre as mulheres.

Provas e realizações: 
CuChulainn se apaixonou por Emer e a pediu em casamento. Emer insistiu que CuChulainn deveria provar seu valor realizando uma série de provas, então enviou-lhe para a Deusa da guerra Scatha. Cuchulainn teve que passar pela planície do azar, onde a grama corta os pés dos viajantes, teve que cruzar o Vale Perigoso onde animais perigosos vagavam. E Teve que cruzar também a ponte do abismo, essa ponte se curvava verticalmente, caso alguém tenta-se atravessá-la, CuChulainn com um grande salto, pulou no meio da ponte e deslizou para o outro lado.
Para agradecer seu treinamento, CuChulainn lutou contra Aife inimiga de Scatha e a mulher mais forte do mundo. Depois de derrota-la CuChulainn fez as pazes com ela, e ela lhe deu um filho de nome Cornila. Ao regressar para casa para reclamar sua noiva, CuChulainn salvou uma princesa e visitou o Submundo(mundo dos mortos). Voltando para casa CuChulainn, conseguiu sua maior vitória. Quando a rainha de Connacht Medb enviou um grande exército para roubar o Touro Castanho de Ulster (touro esse ganho por CuChulainn numa competição em Connacht sendo ele aclamado como herói), CuChulain os deteve sozinho pois ele era imune a maldição  que enfraquecia todos os guerreiros. Diz a Lenda que o pai humano de CuChulainn (Sualtach Sídech ou Sualtaim) tinha o mesmo dom de imunidade a essa maldição que fora lançada por Macha, a deusa guerreira. Fala-se também que nas batalhas mais dificeis o deus Lugh, também pai de CuChulainn, ajudava-o e por vezes substituía-o em combate por até três dias.
CuChulainn conseguiu muitas vitórias no Ulster, mas também muitas vitórias tristes, num combate corpo a corpo matara seu filho Cornila descobrindo depois a identidade do mesmo. Durante outra batalha, ele foi forçado a lutar contra Ferdia seu amigo de infância que estava enfeitiçado com promessas de amor de Medb e provavelmente por Macha, ao matar o amigo cai de joelhos e regando o corpo do amigo com lagrimas considera aquilo uma perda irreparável. Conta a lenda que as sucessivas batalhas contra Medb e contra os feitiços de Macha o levariam ao declinio e posteriormente a morte.

Morte de CuChulainn:
Depois de ofender Morrigan, a deusa da morte e batalhas, ele foi convocado para lutar em um momento em que ele estava doente. No caminho para a batalha, ele teve uma visão de uma mulher lavando o corpo e armas de um guerreiro morto, e ele reconheceu o guerreiro como a si mesmo. Sabendo, então, que sua própria morte era iminente, ele lutou bravamente. Quando ele estava fraco demais para ficar de pé, CuChulain se amarrou a um pilar para que ele pudesse morrer lutando em pé. Só depois que um corvo pousou em seu Ombro seus inimigos tiveram certeza da morte dele, pois ele matará todos que se aproximavam dele. Morreu aos 27 anos de idade.

Envolvimento com Morrigan
: As mais antigas narrativas de Morrígan estão nas histórias do "Ciclo do Ulster", onde ela tem uma relação ambígua com o herói CuChulainn. No Táin Bó Regamna (Invasão do gado em Regamain), ele a desafia, sem compreender o quê ela é, quando ela guia uma novilha por seu território, tornando-se seu inimigo. Ela profere uma série de ameaças, predizendo finalmente uma batalha próxima onde ele será morto. Ela diz, enigmaticamente: "Eu vigio sua morte".
No Táin Bó Cuailnge a Rainha Medb de Connacht comanda uma invasão ao Ulster para roubar o touro Donn Cuailnge. Morrígan surge ao touro na forma de um corvo, e o previne para fugir. CuChulainn defende o Ulster, travando no vau de um rio uma série de combates contra os campeões de Medb. Entre os combates, Morrígan lhe surge, com aparência de uma bela moça, oferecendo-lhe seu amor e auxílio na batalha - mas ele a rejeita. Como vingança ela interfere no seu próximo combate, primeiro assumindo a forma de uma enguia, fazendo-o tropeçar; depois, com a forma de um lobo, provocando um estouro da boiada, e finalmente como uma novilha que conduz o rebanho em fuga - tal como havia ameaçado em seu primeiro encontro. CuChulainn é ferido por cada uma das formas que ela assume mas, apesar disto, consegue derrotar seus oponentes. Ao final ela reaparece-lhe, como uma velha que trata-lhe os ferimentos causados por suas formas animais, enquanto ordenha uma vaca. Ela oferece a CuChulainn três copos de leite. Ele a abençoa por cada um deles, e suas feridas são curadas.
Numa das versões sobre o conto da morte de CuChulainn, falando sobre como o herói enfrenta seus inimigos, diz-se que este encontra Morrígan como uma velha que lava sua armadura ensangüentada à margem do rio - um presságio de sua morte. Depois, mortalmente ferido, CuChulainn amarra-se a um pilar de pedra com suas próprias entranhas, para assim poder morrer em pé... somente quando um corvo (que também representa Morringan) pousa sobre seu ombro é que os inimigos acreditam que ele realmente está morto.


Estado de frenesi ou Berserker: Conta-se que apesar de ter aparêcia dócil e temperamento calmo, durante as batalhas Cuchulainn se transfigurava numa figura de fúria assassina a qual não diferenciava amigos de inimigos, sendo só acalmado quando ele voltava para sua terra onde era recebido por mulheres nuas que o banhavam com água gelada.



CuChulainn hoje: A imagem de CuChulainn é invocada tanto por nacionalistas irlandeses quanto por unionistas do Ulster, em murais, poesia, literatura e outras formas de arte. Os nacionalistas irlandeses o vêem como o mais importante herói céltico irlandês e, por conseguinte, como o mais importante de toda a sua cultura. Uma escultura de CuChulainn agonizante feita por Oliver Sheppard foi colocada em frente ao General Post Office de Dublin em comemoração à Revolta da Páscoa de 1916. Por contraste, os unionistas o vêem como o homem do Ulster que defende a província de seus inimigos do sul; por exemplo, um mural na Estrada Newtownards em Belfast Leste, ironicamente baseada na escultura de Sheppard, descreve-o como o "defensor do Ulster contra os ataques irlandeses".

Na Associação Nacional dos Escoteiros da Irlanda, a mais alta condecoração é a Ordem de Cú Chulainn, que consiste numa fita comemorativa com um cão de caça pendente. O Serviço Naval Irlandês possuía um barco cujo nome fazia uma referência ao herói, o LÉ Setanta, que foi vendido em 1980.
Mural na Estrada Newtownards em Belfast Leste
                          Representações da morte de Cuchulain

Ainda hoje sua imagem é vista em jogos franquia Shin Megami Tensei onde ele representa a ordem e o Caos.

Na música ainda tem representação com a música The blood of CuChulainn:
                 

 

Amuletos & Talismãs

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Yggdrasil, Cruz Celta e Cruz Solar em forma de
pingentes.
Amuleto é um objeto consagrado (geralmente uma pedra pequena e colorida, uma pedra preciosa ou parte de uma planta) magicamente carregado com poder para trazer amor ou boa sorte. Os amuletos, como as rezas e os talismãs, também podem ser usados para estimular a saúde, impedir os perigos e proteger contra as influências negativas, como o olho-grande.
Os amuletos para o amor são usados pelos Bruxos como instrumentos mágicos para inspirar o amor e o romance, unir amores distanciados, atrair cônjuge, evitar que um caso de amor se rompa e outras situações afins.
Quase tudo pode ser usado como amuleto: uma pedra preciosa, uma figura, uma raiz, uma flor ou um osso. Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como jóias, podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de casa, de um celeiro e até de um automóvel. Podem ser comprados, achados ou feitos. Podem também ser pintados ou receber inscrições de palavras mágicas ou de poder e/ou símbolos para atrair determinadas influências.
O uso de amuletos é universal em quase todas as culturas, sendo familiar aos europeus e americanos mais modernos sob a forma do pé de coelho para dar boa sorte, dos trevos de quatro folhas, das ferraduras, dos anéis com a pedra do signo e das moedas de boa sorte.
Outro tipo de amuleto é o patuá: uma bolsinha de couro, seda ou algodão cheia  de objetos mágicos, usada ou levada junto da pessoa para proteger ou para atrair determinadas coisas. Um patuá com ervas mágicas, folhas, flores ou raízes é chamado de "patuá de ervas para o amor" ou "sachê do Bruxo". Usados para a magia do amor são chamados de "patuás do amor" ou "mojos". Na região sul dos Estados Unidos, são conhecidos como "hoodoo hans", "tricks" e "tricken bags". Os nativos americanos chamam-nos de "medicine bundles", e, na África, recebem o nome de "gris-gris".
Talismã é um objeto feito a mão, de qualquer feitio ou material, carregado de propriedades mágicas para trazer boa sorte ou fertilidade e para repelir a negatividade.
Para carregar formalmente um talismã com poder é preciso primeiro gravá-lo e depois consagrá-lo. Inscrever nele os signos solar, lunar, astrológico, a data do nascimento, nome rúnico ou outro símbolo mágico que o personalize e lhe empreste um propósito.
Pingente do "Triângulo Abracadabra"
feito em ouro (só pra quem pode)!!!
O mais famoso de todos os talismãs mágicos é o triângulo ABRACADABRA que, nos tempos antigos, se acreditava possuir o poder de afastar as doenças e curar a febre quando as suas letras eram arrumadas em forma de pirâmide invertida (figura sagrada e símbolo da trindade) num pedaço de pergaminho, usado em torno do pescoço, enrolado com linho por nove dias e nove noites e, então, atirado sobre o ombro esquerdo num regato que corresse para o leste. 
Nota: Diz-se que abracadabra é a palavra cabalística derivada do nome "Abraxas", deidade gnóstica mística cujo nome significa "não me atinge".
Quadrado Mágico (mas não me
perguntem o que tá escrito)
Na magia Abramelin, talismãs mágicos poderoso, conhecidos como "Quadrados Mágicos", são feitos de filas de números (sudoku?) ou letras do alfabeto arrumadas de modo que as palavras possam ser lidas vertical e horizontalmente como palíndromos, e o total dos números é o mesmo quando somados em ambas as direções.
Para que um quadrado mágico de números funcione apropriadamente, devem ser incluídos números consecutivos partindo do um até que o quadrado esteja completo e, de acordo com as regras da numerologia, cada número só pode ser usado uma vez em cada quadrado.

Manutenção (eu acho) !!!!!!!!!!

sábado, 11 de agosto de 2012

Olá meus amores, estou arrumando o Manual, por isso hoje não haverão postagens... a partir de amanhã estaremos com duas novas colunas semanais. 
De terça feira teremos a coluna "Mitos e Lendas", onde serão contados os varios mitos e lendas do povo celta, cada semana um diferente , esta coluna será dirigida e escrita pelo Ronny "Drácula" Felix. 
E de sexta teremos (se tudo der certo) a coluna "Artes Divinatórias"..... quem dirigirá esta parte ainda está indefinido.... mas o blog está crescendo e conto com a ajuda de vocês......
Ainda preciso de alguem para dirigir a coluna de domingo, que será só sobre Xamanismo (alguem se dispõe?). De resto o blog continuará o mesmo (embora eu queira arrumar o layout, mas sou péssima nessas coisas, se alguem quiser me dar umas aulinhas eu topo ^^).
Agradeço a todos pela atenção que estão dando ao blog. E continuem visitando, o trabalho não para, assim como não para a vida.

Blessed be.

Localizando seu Animal de Poder

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Fique em uma posição confortável, deitado para cima ou sentado. Aos poucos relaxe e respire fundo pelo seu estômago, passando por seu nariz e para fora da sua boca. Leve quatro respirações profundas. Imagine uma bola branca ou uma luz de ouro dentro de você, feita de puro amor. Permita enviar um raio de pura luz para o topo de sua cabeça. Sinta esta energia amorosa fluir em você, relaxando todos os seus membros. Deixe essa luz fluir por sua espinha e observe que toda tensão que existia dentro de você, não existe mais, e que está sendo preenchida por uma paz. Quando sentir que a luz atingiu o fundo de sua espinha, faça algumas respirações profundas para ter certeza que toda a tensão e resistência foi absorvida pela luz.
Agora, imagine que este raio de luz dentro de você se expande, de forma que isto o envolve completamente em uma esfera ou ovo de pura luz. Saiba que você é amado e é protegido. Se você desejar, chame o Grande Espírito (Deus, Deusa, etc.) para guiar e proteger você nessa jornada.
Agora, imagine que você está caminhando por uma longa trilha num bosque. Sinta que está lá. Sinta a grama em baixo de seus pés e uma brisa gentil tocar a sua face. Cheire as flores e as árvores. Ouça todos os filhos da floresta circunvizinha. (Tente se imaginar " completamente lá ", não force as imagens virem. Deixe virem naturalmente). À frente entre na mata fechada, você ouvirá um som e um vento gentil.
Sente perto desse fluxo e relaxe. Pergunte agora ao seu aliado, quais são as suas qualidades e se ele pode ajudar você na sua vida. Sinta uma presença perto de você. Você sabe que este é seu animal de poder. Você sabe que ele não pode entrar na mata fechada, que é seu espaço protetor sem sua permissão. (Se você se sente amedrontado, saiba que você pode despertar do estado xamânico a qualquer hora que se fizer necessário). Permita-o entrar na mata fechada. Deixe ele vir até você. Procure conversar com ele, dance ou brinque, correndo de um lado para outro. Siga o que seu coração está falando.
Quando acabar despeça-se dele e agradeça-o por ter vindo ao seu encontro. Agradeça também ao Grande Espírito por lhe permitir conhecer seu animal de poder. Agora volte pela trilha do bosque. Novamente, sinta o caminho como se estivesse realmente nele.
Quando chegar ao ponto de partida da Jornada. Sinta que a esfera de luz ainda o protege. Faça algumas leves respirações, e abra lentamente seus olhos.

Você pode realizar algumas variações dessa Jornada. Por exemplo, quando eu sou atraído pela energia calma e protetora, eu imagino que sou uma árvore, tirando energia da terra por minhas raízes e recebendo a luz de meus galhos. Faça como você se sentir melhor.
Para que você comece a trabalhar com seu animal de poder, tudo o que você precisa, é ter respeito por seu animal. Lembre-se que o animal veio fazer com você uma parceria que visa orientar você em seu crescimento pessoal e espiritual.
A dança é uma prática regular em diversos rituais xamânicos. Através da dança nós criamos um equilíbrio e harmonia entre aqueles que estão dançando. No nosso caso, trata-se da forma pela qual um grupo, através da dança entram em contato com seus animais, pois ela permite que o dançarino ou dançarinos transitem de um estado de consciência para o outro, propiciando a entrada no estado xamânico de consciência.
Ao dançar você têm que saber realizar os movimentos dos animais, aplicando os movimentos humanos equivalentes ao do animal. (Por causa de diferenças fisiológicas, nós não podemos imitar exatamente os movimentos dos animais). Para aqueles que já realizaram artes marciais ou balé, pode notar que certos movimentos nessas artes imitam aos dos animais. Isto é porque muitos dos movimentos foram derivados da observação de como os animais moviam-se. Um bom ponto de partida para trabalhar com este tipo de experiência, é que você estude os movimentos que o animal realiza, depois simplesmente confie na sua própria intuição.
Uma coisa importante ao dançar o seu animal, é que aprendendo a se equilibrar fisicamente, isso ajuda você se equilibrar em todos os outros níveis: emocionalmente, mentalmente e espiritualmente. Ao dançar seu animal, tente manter seu equilíbrio enquanto levanta um pé (imitando o guindaste, ou uma garça). Esteja seguro ao realizar as trocas dos pés para que você não se desequilibre. Seja paciente, e verá que em pouco tempo você estará realizando os movimentos do seu animal naturalmente, enquanto dança.
É muito importante dentro do xamanismo, que você se transforme regularmente no seu animal, para que ele sinta-se satisfeito e possa permanecer ao seu lado. Esse espírito animal que existe na nossa mente-corpo, deseja ter a alegria de existir na forma material. Temos que encarar esse fato como uma permuta, pois tal como o ser humano deseja sentir a realidade incomum tornando-se um Xamã, também o animal de poder deseja sentir a nossa realidade entrando no corpo de um ser humano vivente.
Não só a dança é um meio de manter o animal ao nosso lado. Outro modo para expressar seu modo de vida, é lançar do artifício das emoções, imitando os filhotes do seu animal. Chore, sinta-se solitário e deixe seu corpo emitir qualquer som para que você sinta-se mais vivo. Sinta o piar, grunhir, uivar entre outros. Estes filhotes representam a dor de experiências passadas, como também ajudam a aumentar sua conexão com o animal.
Outro modo xamânico para conectar seu animal, é fazer uso de máscaras e fantasias que o representam. Máscaras simples e baratas podem ser feitas facilmente com papel-marchê. Outro modo para trabalhar com as máscaras é as usar quando estiver dançando seu animal, e até mesmo ao representar os filhotes dele.
Acima de tudo, quando trabalhamos com os nossos animais, é importante perceber que este tipo de trabalho é uma forma de poesia e de arte, mostrando o que é ser verdadeiramente humano. O espírito dele representa algo que você precisa trabalhar em sua vida animal. Trabalhando com o espírito animal, você está trabalhando em você, ajudando em seu crescimento para se tornar tudo aquilo que você deseja ser. Trabalhar com os animais é ter responsabilidade em sua vida, escolhendo criar sua própria realidade, o modo de como você escolhe viver a vida e reagir às experiências dela. Um metáfora que eu prefiro designar para isto é: Você é seu animal de poder. Uma vez que você pode aceitar isto, você verá que pode realizar qualquer coisa verdadeiramente que colocar no seu coração e mente. Lembre-se que você nunca está só.

Animais de Poder



O modo mais fácil para começar a trabalhar com os animais de poder é estudar primeiro as habilidades naturais do animal e seus modos de como metaforicamente você vai aplicá-las em diversas situações na vida. Por exemplo, por causa de sua visão, a águia poderia lhe ajudar a manter uma visão de suas verdadeiras metas. Um imagem de uma águia capturando sua presa é uma ferramenta poderosa para ajudá-lo alcançar metas. Tais imagens servem para lhe dar a força que você precisa para manter sua visão e metas. Também estudando os modos naturais do seu animal, ajuda a criar um laço poderoso entre você e seu animal, permitindo assim o ajudar até mesmo em sua vida animal.
Além de estudar os modos naturais dos animais, é também importante estudar a mitologia dos animais. Ao redor do globo terrestre, culturas diferentes (especialmente as xamânicas) aplicou muitos aspectos míticos para os animais. Para alguns: o urso representa introspecção, o colibri representa alegria, e o leopardo representa poder interno. Nós podemos usar estes mitos para nos ajudar a conectar com nossos animais de poder e como um enfoque para entender o que esses animais vieram nos ensinar.
Antes de estudar os mitos dos animais, eu pessoalmente acho que você deveria estudar os hábitos naturais deles, para forjar uma conexão poderosa entre vocês.
Assim que você estabelecer uma conexão forte com seu animal de poder, você poderá convocá-lo quando desejar para auxiliá-lo e aconselhá-lo. Geralmente essa comunicação se dá pela Jornada Xamânica ou uma voz interna.
Outro modo xamânico que você pode usar para conectar os seus animais de poder, é utilizar um enfoque (um objeto físico para representar o animal) para conectar com seu espírito animal. Embora um enfoque não seja necessário para trabalhar com seu animal, poderá ser útil, quando você não sentir firmeza ao conectar-se com seu animal por meditação ou viajando, e quando você está impossibilitado de visualiza-lo claramente em sua mente. Nestes casos, é melhor usar um objeto que representa sua conexão com seu animal. Este enfoque poderia ser uma escultura de seu animal, parte do corpo do animal, um cristal (representando sua conexão), ou um quadro de seu animal. Com a experiência, aprendi que nenhum enfoque é necessariamente melhor que qualquer outro.
Para usar um enfoque, eu o preparo normalmente com antecedência realizando um simples ritual. Seguro o enfoque nas mãos e apresento para a Mãe Terra e o Pai Céu, e pergunto se ele serve para conectar com meu animal. Procuro sentir a energia fluindo pelas minhas mãos e tomando conta de todo meu ser dando-me a paz e o respeito necessário para a conexão.
Quando você quiser usar o enfoque, simplesmente segure-o em suas mãos. Normalmente, eu seguro um enfoque em ambas as mãos. Você também pode deitar-se colocando-o sobre seu corpo (como em cima de seu coração representando uma sincera conexão). Sinta a energia de que você precisa, vindo de seu animal. Eles adoram a servi-lo porque aprendem auxiliando-o nos seus desafios. Os espíritos dos animais, são seres interessados na evolução e no crescimento. Assim como você gosta de auxiliar uma pessoa quando ela precisa de ajuda, os animais também apreciam ajudá-lo. Como você eles gostam de ser agradecidos e serem tratados com respeito. Simplesmente, se você não tratá-los bem, eles irão procurar alguém que os trate melhor.
Estude também algum outro significado que esse animal pode ter em outras culturas. Por exemplo, para alguns: o urso representa introspecção, o colibri representa alegria, e o leopardo representa poder interno. Nós podemos usar estes mitos para nos ajudar a conectar com nossos animais de poder e como um enfoque para entender o que esses animais vieram nos ensinar.
Uma das ferramentas mais poderosas para o crescimento pessoal do Xamã é o trabalho com os espíritos animais. Para os mais experientes neste caminho, os animais podem aparecer freqüentemente, principalmente quando se necessitam do auxílio deles. Mas encontrar um Animal de Poder às vezes pode ser uma tarefa difícil.
A primeira coisa que eu faço quando ajudo alguém a descobrir os animais de poder deles, é realizar uma série de perguntas da experiências daquela pessoa com animais.

Você alguma vez teve um encontro com um animal em sua mente?

Quando você visita um jardim zoológico, que animal você normalmente quer ver primeiro?

Você alguma vez teve sonhos poderosos envolvendo um certo tipo de animal?

Sua casa sempre teve algum animal em particular?

Você alguma vez foi atacado por um animal selvagem? (Alguns Xamãs acreditam que se você sobrevive a um ataque de um animal selvagem, aquele se torna seu Animal de Poder).

Geralmente, é melhor pedir uma confirmação física de algum tipo. Entre na sua mente e pergunte se tal animal é seu aliado; peça que ele revele isto para você de alguma maneira dentro de uma semana. A Confirmação pode ser de muitas formas: achando pegadas, vendo um programa de televisão e então surge o animal, quadros ou estatuetas dos animais. Espere para ver o que vai acontecer. Você poderá ser surpreendido!
Se você não receber nenhuma confirmação, dê aproximadamente mais uma semana ao animal.
Se após você receber a confirmação, ainda esteja com dúvidas, peça uma confirmação física uma vez mais. Não se preocupe caso não receba nenhuma confirmação, você pode tentar outras técnicas para achar seus animais de poder.
Debaixo de tais circunstâncias, geralmente é melhor realizar uma Jornada Xamânica para encontrar o animal de poder. Se você não sabe como fazer, você pode achar alguém que possa viajar para você. Tenha certeza que você se sente confortável ao lado daquela pessoa e que você possa confiar nela.

O Povo Celta (texto histórico)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012















Aquele povo nórdico mantinha uma vida simples se comparada com a do mundo civilizado atual, e primava pela utilização das forças telúricas em todos as suas atividades, expressas basicamente através de ritos propiciatórios. Consideravam a natureza como a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a natureza, por isso a sociedade celta embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza.

Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples (nesta palestra queremos dizer que nossa descrição teve mais como base a terminologia chinesa, mas vale agora dizer que tudo o que a geomância atual diz já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.
Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem de meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.

O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires. Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram drenadores, condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.
Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais religiosas.
A realização dos festivais celtas não se prendia somente à localização, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas.
Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.

Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".
Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.
É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às
energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico.
Na realidade não se pode falar de religião céltica sem se falar da religião druídica, por isto a partir da próxima palestra entraremos sobre que e quem eram os Druidas, assim como exerciam suas cerimônias religiosas.
Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "mágico" bem mais intenso que os druídicos pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado mágico e mais ainda o exercido de alguns rituais com os participantes despidos foi motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez.

O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza. Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Como já dissemos em outros temas, todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.
A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza.
Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.

Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.
Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo a influência judaica no que diz respeito à
marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais.
Por isto, e por outras coisas, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres. Existam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.
Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado mágico da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias mágicas. Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.